quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Por que continuamos a gostar de Star Wars?


Quando George Lucas (um cineasta que havia recebido alguns prêmios pela produção de curtas) foi com a cara e a coragem tirar seu mais ambicioso projeto do papel, não imaginou o rumo que Star Wars tomaria a partir dali.

Depois de enfrentar diversas dificuldades, George Lucas pode ver seu filme em cartaz no dia 25 de maio de 1977, presente apenas em 32 salas de cinema em todo país (EUA). Chegou a vez de Lucas de falar “sabe a gordinha? Emagreceu! Sabe a feia? Ficou bonita! Sabe Star Wars? Foi sucesso! ”. STAR WARS BOMBOU, BICHA!

Se você nunca assistiu Star Wars, tenho certeza que já ouviu falar. Eu lembro de um episódio do Drake e Josh que eles ficam doidões quando conseguem comprar uns sabres de luz. Lembro dos comerciais da Cartoon Network falando toda hora de cavaleiros Jedis. E de uma vez que ganhei o Yoda no Mc Lanche Feliz, acho que em 2009.

A pergunta que não quer calar, entretanto, é: por que Star Wars continua fazendo tanto sucesso?

1. Porque a luta do bem contra o mal sempre vai mexer com as emoções da gente


E faz a gente pensar que aquela menina chata da sexta série que implicava conosco vai sofrer as consequências dos seus atos. Do que o motorista mal-humorado que não para no ponto quando vê um deficiente físico também.

2. Em uma galáxia muito, muito distante...


E esse nosso fetiche por querer saber o que tem lá do outro lado. Seja do mundo, do sistema solar, do universo. Star Wars se passa em uma galáxia distante, com seres que vão além da nossa imaginação.

3. Todo mundo pira num robô


Eu piro de medo. Sério, não gosto desses bichos. Uns piram de admiração. E pirava mais ainda, pelo mesmo motivo, a geração da década de 70 que ainda não sabia que tinha gente dentro do R2D2 e do C3PO, ou achava o máximo robôs de verdade existirem, ou morria de medo deles existirem.

4. Monomito outra vez


Pra te estruturar, monomito ou jornada do herói é um conceito de jornada cíclica presente em diversos mitos e histórias. Podemos citar, por exemplo, Jesus, Buda, Hércules, Prometeu, Osíris... Aqui, temos Luke Skywalker que, trazendo pra nossa realidade, é um camponês que é chamado pela Força para entrar no exército e salvar uma princesa.

5. A Força


Star Wars tem a espiritualidade mais do que presente na sua história. A aqui mencionada, Força, usando as palavras de Obi-Wan Kenobi, é “um campo de energia criado por todas as coisas vivas: ela nos cerca, nos penetra; ela mantém a galáxia coesa; Ela provém de tudo; Ela é tudo." Em star Wars, os que usam a força para o bem são Jedis, ao passo que os usam para o mal são Siths.

6. O carinha do mal que a gente ama


Sabe como é. Ele tá de preto, usa uma capa sinistra, tem uma voz maligna e, de brinde, um fundo musical muuuuuuito bacana toda vez que aparece. Tan Tan TanDan TanDan TanTan... Sim! Estamos falando do nosso querido Darth Vader! A quem odiamos por fazer o mal e amamos por ser um clássico, um mito, amamos porque amamos!

7. O cara charmoso fora da lei que é do bem


Tipo aquele seu amigo v1d4 l0k4 que sua mãe quer te proibir de andar. Ou o namorado rock n' roll que todo mundo da sua e da minha família olha torto. Tá mãe, ele não é um bom partido, é um contrabandista, mercenário, pirata do espaço... Eu sei mãe, eu sei que ele só entrou nessa de salvar princesa porque queria dinheiro pra pagar o Jabba, eu sei, mas ele é do lado bom da Força, acredite em mim.


8. O lado mal querendo atrair quem tá do lado do bem


Não tão extremo quanto acontece nos filmes, nos identificamos porque isso acontece conosco. A vontade de trapacear, mentir, roubar... para os que lutam contra esses impulsos, Luke é um correspondente em outra galáxia. Alguém que tem a bondade no coração, mas é chamado constantemente para renunciá-las e atender os desejos mais sombrios do coração.

9. ¡Viva la revolución


Usando as palavras de Che Guevara, “ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética”, e todo esse clima de rebeldia contra o império opressor e dominar fascina muita gente. Gente que viu os caras lutarem contra a ditadura aqui no Brasil e também gente que não tava lá, mas leu nos livros de história.

10. Muito mais que espadas



Todo mundo acostumado com as espadas dos filmes de heróis baseados na idade média quando de repente chega Star Wars com umas “espadas diferentes”. Sabres de Luz são muito mais que espadas diferentes, não é mesmo? Não dá pra se defender dessas luzinhas não, gente! 

Meus brothers, faltam cinco minutos pro dia 17, tão esperado pelos fãs de Star Wars. Eu vou deixar pra assistir depois, quando estiver mais barato e as salas não estiverem tão cheias, mas isso só aumenta minha ansiosidade. 
E você, tá ansioso também?
Tem mais um motivo para continuar amando Star Wars?
Conta pra mim!
Abraços quentinhos!

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Então isso é amor?



São lindas as canções que falam de amor. São lindas as poesias, crônicas, pinturas, os filmes também são. É lindo imaginar isso. Duas pessoas diferentes que encontram um no outro consolo para todo tipo de dor, motivação para continuar vivendo quando a vida deixa de fazer sentido, esperança para um mundo cheio de dor.

O que é o amor? São muitas as definições. Contraditórias, inclusive, mas poxa, é superficial demais esse lance que mostram os textos, as canções, as poesias. É superficial demais isso de achar que alguém é o consolo para qualquer tipo de dor que possa sentir. Existe alguém assim? Que, além do incrível fato de nunca me machucar, vai ser meu consolo para todas as dores? Vai ter a resposta para todos meus questionamentos?

Eu conheci um cara, uma vez. Desses que eu sempre quis conhecer, sempre quis ter. Mas quando fui dele, doeu. Doeu em mim as dores dele, doeu em mim as suas teimosias, os seus atrasos, a sua falta de compromisso com as coisas sérias, inclusive comigo. Doeu em mim os vacilos, os esquecimentos, as discórdias... Aconteceram coisas ruins. Daquelas que nos trancam, que nos trazem o sentimento infantil e vaidoso de “nunca mais peço nada”, “não vou me importar com mais nada”. O amor, mesmo quando recíproco, dói. Porque somos nós que o sentimos, e nós machucamos.

Eu conheci um cara uma vez, que me machucou, a quem eu machuquei, com quem eu briguei, odiei, fui orgulhosa, birrenta, ciumenta, manhosa e vaidosa. Nada de consolo para todo tipo de dor, não é? Nenhuma esperança para um mundo cheio de dor, porque poxa, ele me provocou dor! Não foi isso que me ensinaram sobre amor...

Mas, de uma maneira que não sei explicar, toda essa dor desaparecia antes mesmo de um pedido de desculpa, antes de um reparo, de uma transformação. Ela desaparecia antes mesmo de eu ter certeza que os erros seriam evitados, desaparecia contra minha vontade. Eu queria ter raiva, não queria nunca mais voltar para perto, mas eu não tinha raiva, eu queria voltar para perto! De uma maneira que eu não sei explicar, essa situação se repetiu não só com uma pessoa, mas também com minha irmã, meu pai, minha avó, minha prima, meus amigos.


Nada de um namoro perfeito e romântico, de uma família feliz e unida, de amigos leais em todas as situações. Não foram pessoas perfeitas que a vida me ofereceu. Mas eu os amei, apesar das grosserias, das brigas, dos atrasos, da falta de compromisso. Amei, apesar das promessas não cumpridas, das palavras que não condiziam com as atitudes. Amei e senti dor. Amo e sinto dor, muita dor. Mas eu amo, e é isso. Amo imperfeitamente pessoas imperfeitas que me retribuem – quando retribuem – de uma maneira tão imperfeita quanto a minha de amar, mas eu amo poxa, e é isso que me basta.
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